antinomia

...usado como sinônimo de paradoxo ou como uma classe especial de paradoxos: os resultantes de uma contradição entre duas proposições, em que cada uma delas é racionalmente defensável. Impulsionados pelas múltiplas contradições que julgamos racionais, sendo sempre mais ou menos passionais, somos nós ANTINOMIA.

My Photo
Name:
Location: São Paulo, SP, Brazil

Ex-futuro físico, publicitário metido a músico. Um cara que curte, toca e canta rock e que tem vivido de escrever.

Tuesday, June 01, 2010

O que realmente é o Brasil?

Os que melhor me conhecem, sabem que faço minhas as palavras deste texto. Desde sempre...
E a coisa não se restringe ao design... A academia e o mercado, de uma maneira geral, têm este viés em terras tupiniquins.

O que realmente é o Brasil?
http://mileto.posterous.com/o-que-realmente-e-o-brasil

Thursday, May 27, 2010

Relembrando os idos de 1999 - IFGW

Vídeo muito bom do Nuno Rocha.

3x3 short-film
http://vimeo.com/6761817

* IFGW - Instituto de Física Gleb Watagin, Unicamp

Wednesday, May 26, 2010

O vendedor de palavras

Um texto MUITO bom, guardado há tempos nos meus arquivos.


O vendedor de palavras

Fábio Reynol

Ouviu dizer que o Brasil sofria de uma grave falta de palavras. Em um programa de TV, ele viu uma escritora lamentando que não se liam livros nesta terra, por isso as palavras estavam em falta na praça. O mal tinha até nome de batismo, como qualquer doença grande, "indigência lexical". Comerciante de tino que era, não perdeu tempo em ter uma idéia fantástica. Pegou dicionário, mesa e cartolina e saiu ao mercado cavar espaço entre os camelôs.

Entre uma banca de relógios e outra de lingerie instalou a sua: uma mesa, o dicionário e a cartolina na qual se lia: "Histriônico — apenas R$ 0,50!".

Demorou quase quatro horas para que o primeiro de mais de cinqüenta curiosos parasse e perguntasse.

— O que o senhor está vendendo?

— Palavras, meu senhor. A promoção do dia é histriônico a cinqüenta centavos como diz a placa.

— O senhor não pode vender palavras. Elas não são suas. Palavras são de todos.

— O senhor sabe o significado de histriônico?

— Não.

— Então o senhor não a tem. Não vendo algo que as pessoas já têm ou coisas de que elas não precisem.

— Mas eu posso pegar essa palavra de graça no dicionário.

— O senhor tem dicionário em casa?

— Não. Mas eu poderia muito bem ir à biblioteca pública e consultar um.

— O senhor estava indo à biblioteca?

— Não. Na verdade, eu estou a caminho do supermercado.

— Então veio ao lugar certo. O senhor está para comprar o feijão e a alface, pode muito bem levar para casa uma palavra por apenas cinqüenta centavos de real!

— Eu não vou usar essa palavra. Vou pagar para depois esquecê-la?

— Se o senhor não comer a alface ela acaba apodrecendo na geladeira e terá de jogá-la fora e o feijão caruncha.

— O que pretende com isso? Vai ficar rico vendendo palavras?

— O senhor conhece Nélida Piñon?

— Não.

— É uma escritora. Esta manhã, ela disse na televisão que o País sofre com a falta de palavras, pois os livros são muito pouco lidos por aqui.

— E por que o senhor não vende livros?

— Justamente por isso. As pessoas não compram as palavras no atacado, portanto eu as vendo no varejo.

— E o que as pessoas vão fazer com as palavras? Palavras são palavras, não enchem barriga.

— A escritora também disse que cada palavra corresponde a um pensamento. Se temos poucas palavras, pensamos pouco. Se eu vender uma palavra por dia, trabalhando duzentos dias por ano, serão duzentos novos pensamentos cem por cento brasileiros. Isso sem contar os que furtam o meu produto. São como trombadinhas que saem correndo com os relógios do meu colega aqui do lado. Olhe aquela senhora com o carrinho de feira dobrando a esquina. Com aquela carinha de dona-de-casa ela nunca me enganou. Passou por aqui sorrateira. Olhou
minha placa e deu um sorrisinho maroto se mordendo de curiosidade. Mas nem parou para perguntar. Eu tenho certeza de que ela tem um dicionário em casa. Assim que chegar lá, vai abri-lo e me roubar a carga. Suponho que para cada pessoa que se dispõe a comprar uma palavra, pelo menos cinco a roubarão. Então eu provocarei mil pensamentos novos em um ano de trabalho.

— O senhor não acha muita pretensão? Pegar um...

— Jactância.

— Pegar um livro velho...

— Alfarrábio.

— O senhor me interrompe!

— Profaço.

— Está me enrolando, não é?

— Tergiversando.

— Quanta lenga-lenga...

— Ambages.

— Ambages?

— Pode ser também evasivas.

— Eu sou mesmo um banana para dar trela para gente como você!

— Pusilânime.

— O senhor é engraçadinho, não?

— Finalmente chegamos: histriônico!

— Adeus.

— Ei! Vai embora sem pagar?

— Tome seus cinqüenta centavos.

— São três reais e cinqüenta.

— Como é?

— Pelas minhas contas, são oito palavras novas que eu acabei de entregar para o senhor. Só histriônico estava na promoção, mas como o senhor se mostrou interessado, faço todas pelo mesmo preço.

— Mas oito palavras seriam quatro reais, certo?

— É que quem leva ambages ganha uma evasiva, entende?

— Tem troco para cinco?

Thursday, May 20, 2010

De repente, São Paulo.

"De repente, Califórnia", do Lulu, não me saia da cabeça ontem.
Difícil entender porque! São Paulo não guarda lá muitas semelhanças com a Califórnia...
Dando uma olhada mais de perto na letra, acho que entendi:

"A vida passa lentamente
E a gente vai tão de repente
Tão de repente que não sente
Saudades do que já passou...

Eu dou a volta, pulo o muro
Mergulho no escuro
Sarto de banda
Na minha vida ninguém manda não
Eu vou além desse sonho"

É isso.

Sunday, May 16, 2010

Porque eu perdi a virada


Foi uma guerra entre mim e os aliados. Da esquerda pra direita: EUA, Alemanhã, Irlanda, Itália e Holanda.
Fodeu...

Friday, May 14, 2010

Um mês de Super

Hoje é dia de festa!
Niver do Beato, também conhecido como Papai, um dos proprietários da Super, e do Du Magalhães, Diretor de Criação.
Além disso, estamos, eu e a Noya (Aline Noya, redatora), completando um mês de Super.
Motivo para acreditar que as coisas estão andando pelo menos mais ou menos bem profissionalmente.
Pessoalmente, há uma enorme satisfação por parecer, enfim, ter achado meu rumo.
E sobre um mês em SP...
Ontem estive em Campinas e voltei com a sensação de que fui à toa. Mas não.
Além de ter confirmado a hipótese de que estou pagando por um diploma, também confirmei que não pertenço mais àquele lugar.
Algumas pessoas lá me fazem falta, mas seria bom que elas viesse pra cá. Ao menos de vez em quando.
Nunca diga nunca, né? Então, sem radicalismos, há uma grande possibilidade de eu não voltar mais pra lá, salvo nas necessárias visitas ao colinho da mamãe.
Já estou até esquecendo nomes de ruas...Tem muita rua e muitos caminhos pra guardar aqui, inclusive o do lugar onde compro Kit Kat.

Thursday, May 13, 2010

Tubaínas e walking bass

No comecinho da Hadock Lobo, número 70 e alguma coisa, até meio que escondido, está o Tubaína. Grandes recomendações da Ma Botter e da Lu Mônaco.
Fomos eu e o Amarula (aka Rafael Amaral) e sua digníssima Annelize (nome polonês, vale comentar) experimentar o famigerado chopp Colorado.
Para cumprir a promessa de 2 semanas atrás, de nos encontrarmos depois de quase 1 ano, invoquei a presença de meu brother Diogo Akio.
Ainda tenho muito, mas muito mesmo aonde ir e muita, mas muita coisa mesmo para descobrir por aqui, mas o Tubaína já é um dos meus lugares preferidos na terra da garoa.
O lanche de pernil é animal (meu amigo Zé Roberto Martins iria adorar) e não é sempre que se vê um cara cantar ao mesmo tempo que manda um walking bass no violão (e fazer isso bem).
Uma enorme variedade de tubaínas no cardápio. Refrigerantes de todo o Brasil, inclusive o Guaraná Jesus (MA) e um refri de Cola uruguaio.
Isso tudo num ambiente muito interessante, com uma decoração que vale a pena conferir.
Destaque para o desenho do Gênius da Estrela no lustre.
Recheando isso tudo estava o papo de alto nível com grandes amigos e a surpresa de encontrar a Tati, que por vezes sofreu comigo nas mãos do mesmo carrasco do terceiro setor.
Só faltou mesmo meu amigo Marlboro e sua esposa que eu não lembro o nome (hahaha) para matarmos saudades de Catanduva tomando um Cotuba, tubaína de São José do Rio Preto.
Já diria o Samê, me sacaneando: "Sampa é foda". Estou descobrindo que é foda mesmo!